Nov.10, 2012 De acordo com a pesquisa apresentada esta semana no American College of Rheumatology Annual Meeting em Washington, D.C., a dor vivenciada por pessoas com fibromialgia pode ser causada por um problema relacionado com o modo como o estímulo doloroso é processado no cérebro. O anormal processamento do sinal de dor também pode estar relacionado com a falta de resposta do organismo aos opiáceos, uma classe comum de analgésicos. A fibromialgia é um problema de saúde comum que causa dor generalizada e rigidez. Estima-se que 5 milhões de americanos são afetados por esta doença, com múltiplos sintomas tais como fadiga cronica, problemas cognitivos, e falta de qualidade de sono. A fibromialgia é muitas vezes difícil de diagnosticar, sendo mais comum em mulheres,embora também possa afetar os homens.
“Apesar de sabermos há algum tempo que o cérebro é uma peça central na patologia da fibromialgia,temos ainda de perceber como é interrompido o regulamento da dor nesta condição” diz Richard E. Harris, professor assistente na Universidade deMichigan, Ann Arbor, Mich., e investigador principal do estudo. Estudos prévios indicam que pacientes com fibromialgia têm uma maior sensibilidade à temperatura,toque, e pressão. Além disso, o trabalho anterior do Dr. Harris's demonstrou que pessoas com fibromialgia produzem uma elevada quantidade de péptidosopióides endógenos (também conhecidos como endorfinas que aliviam a dor deforma natural) que atuam no cérebro como recetores opióide-μ para reduzir a dor “naturalmente”. Outro trabalho deste mesmo grupo demonstrou que o cérebro de um fibromialgico exibe uma maior resposta a estímulos dolorosos, sugerindo um problema com o processamento da dor. Este corrente estudo procurou determinar se estes dois fatores, a alteração do funcionamento dos recetores opióide-μeo aumento da resposta à dor pelo cérebro, acontecem realmente em simultâneo,dentro do mesmo grupo de pessoas com fibromialgia e na mesma região do cérebro. Para responder a esta questão, investigadores da Universidade de Michigan mediram as alterações da corrente sanguínea do cérebro de 18 pacientes com fibromialgia, após um estímulo doloroso, usando imagens de ressonância magnética funcional. Também mediram a disponibilidade de ligação do recetor opióide-μ com testes adicionais. Estes dados foram recolhidos antes e depois de tratamentos de acupunctura e acupunctura “placebo”, destinados a reduzir a dor. Posteriormente foi então examinada a associação entre a resposta do cérebro à dor e a ligação de recetores opióide-μ. O estudo revelou uma forte associação negativa entre a resposta do cérebro à dor e a disponibilidade de ligação dos recetores opióide-μ: quanto menor a disponibilidade de ligação do recetor maior é a resposta do cérebro à dor. Foi também observada uma positiva correlação na região de regulação da dor clássica, o córtex pré-frontal dorso lateral direito. Estas associações também foram relacionadas com os reportes de sensações de dor pelos pacientes. Pela primeira vez, este estudo mostra que a ligação do recetor opióide-μ está fortemente associado com a resposta do cérebro à dor na fibromialgia. Os dados levam os pesquisadores a especular que alguns indivíduos com fibromialgia podem ter uma regulação baixa ou diminuída na atividade do recetor opióide que pode exagerar a sensibilidade à dor. Em adição, é bem provável que estes mesmos indivíduos não beneficiem de medicação de opiáceos por ser possível terem menos recetores funcionais. “Estes dados também podem explicar o porquê de alguns estados de dor cronica mostrar em similaridades com o paradoxal sensibilidade à dor/ indução opióide" diz oDr. Harris. Traduzido por Fátima Figueiredo http://www.sciencedaily.com/releases/2012/11/121111153426.htm
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