Fátima – Cada vez mais se fala sobre a alimentação e o glúten entre portadores de Fibromialgia. No entanto existem muitas dúvidas do que realmente é o glúten e de como pode afetar a saúde destes doentes. Dra. Ana, o que é o glúten? Dra. Ana – O glúten não é mais do que um conjunto de proteínas presente no trigo. A maior parte da produção mundial de trigo é processada e comercializada sob a forma de pão, pastelaria, massa e talharim e ainda, no Médio Oriente e Norte de África, como bulgur e cuscuz. O trigo, um dos grãos alimentares mais consumidos no mundo, tem mais de 25mil cultivares diferentes. A enorme disponibilidade da farinha de trigo e as propriedades funcionais das suas proteínas, levaram ao seu uso disseminado como ingrediente na confeção de alimentos. Mas não só o trigo contém glúten. De facto, existem equivalentes proteicos tóxicos do glúten noutros cereais incluindo, o centeio (secalina) e cevada (hordeína), aveia (avenina), malte, triticale, espelta, Kamut e as suas variantes híbridas. O glúten divide-se em duas frações tóxicas que incluem gliadinas e gluteninas. A gliadina é a fração que contém a maior parte dos componentes tóxicos. Estas proteínas desempenham um papel único determinando a qualidade da panificação com trigo. Conferem à massa capacidade absortiva em água, viscosidade (gliadinas), coesão e elasticidade (gluteninas). Simplificando, “o glúten é como uma cola de dois componentes”, na qual as gliadinas servem como o “plastificador” ou “solvente” das gluteninas. É essencial uma mistura correta das duas para conferir as propriedades viscoelásticas da massa e a qualidade do produto final. O glúten é apenas fracamente digerido pelo aparelho gastrointestinal. As moléculas de gliadina não digeridas são resistentes à degradação pelas protéases (enzimas que digerem proteínas) gástricas, pancreáticas e do intestino delgado. A gliadina, durante infeções intestinais ou quando a permeabilidade intestinal está aumentada, atravessa a barreira epitelial intestinal desencadeando reações de autoimunidade na DC. Herói para a indústria alimentar e Vilão para quem padece de doenças causadas por este: este é o glúten. Fátima – Em que alimentos o podemos encontrar? Dra. Ana – De facto existe uma lista de alimentos permitidos e proibidos na dieta isenta de glúten. Contudo, quem realiza dieta isenta de glúten (DIG) por uma das doenças associadas ao aquele então o “seu estilo de vida” deverá ser “isento de glúten a 100%”. Isto significa consumir apenas alimentos com garantia de que são confecionados com ingredientes que não contenham glúten e sem contaminação cruzada. Devemos ter presente que mesmo produtos naturalmente isentos de glúten podem não ser aptos por contaminação nas linhas de produção. Quem padece destas doenças deve evitar alimentos processados pois, muitos contêm aditivos com glúten e a possibilidade de contaminação cruzada pode estar presente. Deixo assim alguns conselhos para que necessita cumprir DIG a 100%. ALIMENTOS PERMITIDOS Alimentos feitos a partir de cereais, pseudocereais e leguminosas que não contém glúten tais como: milho (sob todas as formas- farinha de milho, amido de milho, grãos, etc.), arroz (sob todas as formas- farinha, branco, integral, basmati, glutinoso, etc.), amaranto, trigo-sarraceno (não tem glúten; pertence à família das poligonáceas como o ruibarbo), milho-painço, quinoa, teff, sorgo, feijões, lentilhas e grão-de-bico, soja, mandioca, entre outros*. Os seguintes ingredientes não contém glúten: xarope de glicose, lecitina, maltodextrina, especiarias, dióxido de silício, e vinagre destilado (o vinagre de malte pode conter glúten); ácidos cítricos, láctico e ácido málico; sacarose, dextrose e lactose; gomas de guar e de xantana, araruta, polvilhos, fécula de batata e amido de batata e vagem de baunilha; mono e diglicéridos (são gorduras). Os seguintes alimentos não contém glúten: leite, manteiga, margarina, queijos não processados, iogurte natural e óleos vegetais. Frutas, vegetais, carnes, frutos do mar, ovos, frutos secos e leguminosas (assim como as suas farinhas)*. As bebidas alcoólicas destiladas são isentas de glúten, porque a destilação efetivamente remove esta proteína. Deixam de ser isentas se lhes forem adicionados ingredientes com glúten após a destilação. As especiarias puras são isentas de glúten*. *MAS É SEMPRE NECESSÁRIO CONFIRMAR SE NÃO HÁ CONTAMINAÇÃO CRUZADA. ALIMENTOS PROIBIDOS Trigo sob todas as formas, incluindo espelta, kamut, triticale (uma combinação de trigo e centeio), einkorn, semolina e cuscuz. Cevada e malte de cevada, xarope de malte, extracto de malte, aroma de malte e vinagre de malte. Centeio. Alimentos panados ou que contenham molhos/marinadas com glúten, tais como soja. Alcaçuz, delícias do mar e cerveja, pois a maioria é fermentada a partir da cevada. Aveia apesar de não conter glúten possuí uma proteína, a avenina, que tem estrutura semelhante á gliadina do glúten podendo causar sintomas nalguns celíacos. ALIMENTOS SUSPEITOS Estes alimentos podem ou não conter glúten dependendo da sua composição. Quando encontrar estes alimentos num determinado produto e não houver especificação quanto a alergénios, na dúvida, não consuma. Contacte o produtor e solicite essa informação. A dextrina pode ser feita a partir de trigo. Os aromas são, geralmente, sem glúten, mas em casos raros podem conter trigo ou cevada (a cevada é normalmente chamada de aroma de malte). Amido modificado pode conter glúten. A aveia pode encontrar-se contaminada com o trigo nas plantações e nos processos de moagem e embalamento. Várias empresas produzem aveia especificamente para o mercado SG, pelo que devem então indicar a sua isenção na embalagem; Os medicamentos podem conter glúten. Verifique junto do Infarmed ou com a farmacêutica se tiver dúvidas. A leitura da bula ou do resumo de características do medicamento na secção de excipientes permite verificar sobre a presença ou ausência de glúten, de acordo com INFARMED (autoridade reguladora portuguesa). Os queijos processados (queijo em lata ou queijo para barrar, por exemplo) podem conter glúten. Temperos e misturas de temperos podem conter glúten. O molho de soja fermentado é geralmente feito com trigo. O corante de caramelo é quase sempre feito a partir de milho, mas pode ser feito a partir de xarope de malte. A proteína vegetal hidrolisada nem sempre especifica qual o “vegetal” em questão; se for do trigo não consuma. Em caso de dúvida não consuma. Peça esclarecimento junto do produtor ou da associação de celíacos da sua região. Proteja-se! Não arrisque! Consulte: Listas de alimentos_ FENALCEBRA (acesso livre): http://www.fenacelbra.com.br/fenacelbra/alimentos-proibidos-e-permitidos/ Lista de alimentos _APC (acesso reservado a sócios): http://www.celiacos.org.pt/ Fátima – Quais são as doenças associadas ao glúten? Qual é a especialidade médica que faz o diagnóstico? Que tipos de exames são realizados? Dra. Ana – Podemos reagir ao glúten por: doença celíaca (DC), alergia ao glúten, sensibilidade não celíaca ao glúten (SG) e intolerância ao glúten. Falarei das 3 primeiras pois são aquelas mais preocupantes. Não minimizando a última (resultante de não digestão daquele) mas são as que pior prognósticos conferem. O advento da agricultura há cerca de 10,000 anos possibilitou a utilização massiva e generalizada de grãos contendo glúten na alimentação humana. Desta forma, representou um desafio evolutivo ainda não ultrapassado e criou as condições para o desenvolvimento de doenças relacionadas com a exposição ao glúten no Homem. A elevada frequência e a ampla variedade de reações adversas relacionadas com o glúten gerou a questão sobre o porquê da toxicidade desta proteína para tantos indivíduos a nível mundial. Uma possível explicação é o facto de a seleção de variedades de trigo com elevado conteúdo em glúten ter sido um processo contínuo durante os últimos 10,000 anos, ditada mais por motivos tecnológicos que nutricionais. Adicionalmente, o glúten é um dos ingredientes mais abundantes e disseminados na maioria das populações, especialmente nas de origem europeia. Na Europa, o consumo médio diário de glúten é de 10 g a 20 g, atingindo em segmentos da população 50 g, ou mais. Mesmo os indivíduos de baixo risco são, desta forma, suscetíveis de virem a desenvolver durante a sua vida alguma forma de reação ao glúten. Desta forma, não surpreende que nos últimos 50 anos tenhamos assistido a uma “epidemia” de novos casos de DC e de novas desordens relacionadas com o glúten, incluindo a recentemente descrita sensibilidade não celíaca ao glúten. Das doenças relacionadas com o glúten, as mais bem estudadas são mediadas pelo sistema imunológico adaptativo (“que se desenvolve” ao longo da vida): alergia ao glúten (AG) e doença celíaca (DC). A recém-descrita SG é mediada pelo sistema imune inato (nasce connosco). Note-se que na doença celíaca também existe ativação do sistema imune inato. Quer na alergia, quer na doença celíaca, a reação ao glúten é mediada pela ativação dos linfócitos T (tipo de glóbulos brancos) na mucosa (parede) intestinal. A alergia ao glúten é despoletada por ligações cruzadas entre imunoglobulina (Ig) E (tipo de anticorpo) e sequências repetitivas nos péptidos do glúten, (frações de proteína), o que desencadeia a libertação de mediadores químicos dos basófilos e mastócitos (células do sistema imune), como a histamina. O seu diagnóstico efetua-se mediante testes de provocação cutâneos (teste prick) e doseamento de Ig E. O imunoalergologista é o médico indicado para a seguir. Em contraste, a DC é uma doença autoimune, como demonstrado por anticorpos específicos, nomeadamente, anti transglutaminase tecidular e anti-endomísio. A biópsia duodenal (por endoscopia digestiva alta) é fundamental para o seu diagnóstico. Em casos de dúvida pode ser efetuado um despiste genético (deteção dos alelos HLA DQ2 e DQ8, por analise sanguínea). O gastrenterologista é o médico que efetua a biópsia duodenal. Após o diagnóstico correto o doente deve ser seguido por uma equipa multidisciplinar: gastrenterologista / gastro pediatra / internista / clínico geral, dietista ou nutricionista, psicólogo (se necessário) e todas as outras especialidades consoante as doenças associadas (endocrinológicas, reumatológicas, estomatológicas, psiquiátricas, neurológicas, infertilidade, etc.). Tradicionalmente considerada uma síndrome de má absorção rara na infância, reconhece-se, atualmente, que a DC é uma condição mais frequente, que pode ser diagnosticada em qualquer idade e que afeta múltiplos sistemas de órgãos. O conceito de doença tipicamente europeia ocorrendo sobretudo na infância modificou-se substancialmente. Na verdade, atualmente considera-se que a DC é a intolerância alimentar mais frequente no mundo. A tríade clássica, consistindo em esteatorreia, meteorismo abdominal e emagrecimento, já não é a principal forma de revelação da DC. Fátima – Temos muitos relatos no nosso grupo de pessoas que eliminaram o glúten da sua alimentação e ficaram “curadas”. Mas infelizmente não existe cura para a Fibromialgia. Como são muitos os sintomas comuns entre a doença celíaca e a Fibromialgia, é possível existirem falsos diagnósticos de Fibromialgia. Na sua opinião deveriam ser investigadas possíveis intolerâncias alimentares antes do “veredicto final” de Fibromialgia? Dra. Ana – Uma pessoa que tenha por mais de 3 meses dores generalizadas, cansaço, perturbações de sono, rigidez matinal, dores de cabeça, em que os seus exames complementares de diagnóstico são normais e nada parece justificar os seus sintomas, deve realizar o despiste de fibromialgia. Ora muitos destes sintomas podem surgir na doença celíaca. Quer isto dizer que todos os doentes com fibromialgia têm doença celíaca e vice-versa? Não. Devemos no entanto, ter presente que cada uma destas doenças deve ser independentemente diagnosticada e acompanhada pelo médico especialista adequado. Estas podem coexistir. É precisamente por isto que quando um doente com fibromialgia adequadamente diagnosticado deseja iniciar dieta isenta de glúten no sentido de verificar se obtém melhoria do seu bem-estar geral e quadro álgico deve efetuar na minha opinião o despiste da doença celíaca. A história pessoal pregressa e familiar são importantes, bem como toda a sintomatologia gastrointestinal e relacionada com outros órgãos e sistemas. Dores de cabeça, dores osteoarticulares e rigidez matinal foram alguns dos sintomas que tive durante anos. Sou celíaca e com a correta dieta isenta de glúten estes regrediram ou melhoram substancialmente. Fátima – Se um portador de Fibromialgia, após os exames, não for celíaco, aconselha na mesma a eliminação do glúten da alimentação? O glúten pode agravar os sintomas da nossa doença? Dra. Ana – São necessários mais estudos clínicos para recomendar uma dieta isenta de glúten a todos os doentes com fibromialgia. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia “até à data não existe cura, para a fibromialgia mas há medicação que pode aliviar alguns sintomas, como analgésicos, relaxantes musculares, antidepressivos, em alguns casos anti-inflamatórios. Para melhorar o estado físico e psíquico, os doentes devem praticar exercício físico, de preferência com um programa adaptado à sua condição física, seja em ginásio ou em piscina, podem receber massagens relaxantes; fazer aplicações de calor; fazer fisioterapia e/ou acupunctura; recorrer à prática de técnicas de relaxação, meditação, yoga, shiatsu, para além da medicação acima referida. A higiene do sono e uma alimentação equilibrada devem também fazer parte dos hábitos diários. No geral, estas pessoas devem reduzir a sua exposição a situações stressantes, equilibrar a alternância atividade/repouso e, apesar de ser difícil, adotar um estilo de vida que melhor se adapte às variações de energia e aos sintomas”. Existem múltiplos relatos de melhoria sintomatológica com a dieta isenta de glúten pelo que se esta for adequadamente acompanhada pode ser utilizada. O doente deve fazer um registo diário do que ingere e dos seus sintomas de modo a que consiga documentar quais as reais melhorias. Uma dieta sem glúten não é difícil de praticar se entendermos que o que de saudável necessitamos não contém glúten: carne, peixe, legumes, frutas, frutos secos, leguminosas. Existem vários cereais sem glúten. Para quem deseja eliminar o glúten deixo algumas dicas da nutricionistaJuliana Crucinsky que colabora com o Grupo Viva sem glúten, Portugal na redação de nossanewsletter educativa. Apesar de se destinarem ao celíaco são perfeitamente recomendáveis para todos aqueles que iniciam este tipo de dieta. 1) Exclua o glúten da alimentação. Isso significa alimentos contendo trigo (o grão, o germe, o óleo e a farinha branca ou integral, além de farinha de rosca (pão ralado e polmes) e trigo para Kibe), centeio, aveia e cevada (inclui o malte, uma substância obtida a partir da fermentação da cevada, utilizada na fabricação da cerveja, de chocolates, biscoitos, etc.), triticale, espelta e Kamut e suas variantes híbridas. O glúten é o inimigo do qual todo celíaco precisa manter distância, para recuperar e manter sua saúde; 2) Substitua os alimentos proibidos por ingredientes “seguros” nas receitas, como farinha de arroz, amido de milho, amido de arroz, fubá, fécula de batata, polvilho doce e azedo, tapioca, trigo-sarraceno (que não é trigo “de verdade”), farinha de feijão branco, de grão-de-bico, de sorgo, de alfarroba, de coco, de milho painço, de amaranto, de ervilha, de soja; 3) Não exagere na ingestão de pães, biscoitos e massas elaborados com os ingredientes listados no item 2, já que são alimentos muito calóricos, de elevado índice glicémico e pobres em fibras (rapidamente são absorvidos, transformados em glicose, contribuindo assim para o aumento da glicose sanguínea, dos níveis de insulina e para o rápido aumento de peso, o que não é saudável nem para os celíacos que estão abaixo do peso ideal); 4) Utilize os alimentos naturalmente isentos de glúten como frutas, legumes, verduras, arroz, milho, feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico, carne, peixe, ovos, castanhas, amêndoas, nozes, frutas desidratadas; 5) Priorize sempre as frutas, legumes e verduras frescos, principalmente as da época, que são mais baratas e mais nutritivas. Se possível, dê preferência aos orgânicos (biológicos). Valorize os alimentos da sua região que estão sempre mais frescos, baratos e nutritivos! 6) Use sal e açúcar com moderação. Evite condimentos industrializados e molhos prontos. Invista nas ervas e condimentos naturais, como salsa, cebolinha, louro, alecrim, orégãos, manjericão, tomilho, poejos, hortelã da ribeira, manjerona, alho, cebola, tomate, pimenta, curcuma, gengibre, canela; 7) Evite alimentos fritos na rua, por causa da contaminação cruzada por glúten e dos malefícios causados pela reutilização do óleo nas frituras, evite também em casa, porque mesmo não havendo contaminação e o óleo não sendo reutilizado, as frituras são muito calóricas e oxidam a gordura naturalmente presente nos alimentos, contribuindo para o aumento das taxas de colesterol- prefira azeite aos óleos; 8) Em caso de intolerância à lactose (muito comum em celíacos, principalmente nos recém diagnosticados), evite leite e derivados (queijos, iogurte, leite condensado, natas). Substitua por sumos contendo frutas e hortaliças verde-escuro (como couve). Acrescente na alimentação (em saladas, nos sumos, etc.) sésamo, semente de abóbora e de girassol para aumentar a ingestão de cálcio e magnésio e garantir a saúde dos ossos; 9) Aumente o consumo de alimentos contendo vitamina D (ovos, manteiga, carnes), e exponha-se moderadamente ao sol, para ativar a vitamina D produzida pela pele; 10) Varie ao máximo sua alimentação. Fátima – Os portadores de Fibromialgia gastam muito dinheiro em medicamentos/tratamentos. Sem qualquer tipo de apoio financeiro, e sabendo que os alimentos sem glúten são bastante dispendiosos, tem alguma sugestão? Dra. Ana – Recorde-se que o que encarece este tipo de alimentação é a compra de produtos específicos de substituição de farináceos: farinhas, pão, bolachas e afins. A nossa alimentação não se baseia nestes! Procure cozinhar em casa em vez de comprar o pão por exemplo. Procure alimentos frescos da época. Frequente o mercado. Aproveite todas as promoções para fazer um pequeno stock daqueles produtos mais caros. Compare preços quer em lojas físicas, queronline. Fátima – Dra. Ana muito obrigada pela sua colaboração. Espero que esta entrevista ajude muitos portadores de Fibromialgia a ter um diagnóstico mais completo e uma vida com menos dor e mais esperança.
1 Comment
Fernanda
16/1/2016 02:19:35 pm
Muito obrigada por toda a informação disponibilizada,já que não temos outra forma de a adquirir.O meu muito obrigado DRªANA.
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