No nosso grupo fechado de vez em quando fazemos pequenas actividades. O objectivo é a interacção e descontracção entre membros do grupo, proporcionando assim pequenos momentos de lazer e felicidade! As pessoas gostam, ficam entusiasmadas e mais animadas. A última que fizemos foi “Gosto de mim porque…” Quando temos uma doença, seja ela qual for e nos incapacita é muito difícil manter uma boa auto-estima e ter noção de quão forte somos. Um pequeno exercício que todos nós de vez em quando devíamos de fazer era colocar algumas questões a nós próprios. Como por exemplo:
Já falei sobre o amor próprio na minha crónica de Fevereiro (clique aqui para ler), mas este assunto para mim é tão importante que nunca é demais falar, pois como disse em cima é difícil manter uma auto estima e darmos valor a nós próprios quando temos uma doença como a Fibromialgia. Muitas vezes ficamos tão absorvidas/os por ela que nos esquecemos de nós.
Temos de ter noção do quão forte somos e darmos-nos o devido valor! Também somos seres humanos como outros quaisquer e estamos vivas/os. Infelizmente não podemos trocar de corpo, por isso temos de aprender a aceitar as nossas limitações e nunca nos podemos deixar de amar. Pois nós somos as pessoas mais importante da nossa vida. Mimem-se! Quando puderem sair de casa, aproveitem para arranjar o cabelo, uma ida ao cinema, comprem uma nova peça de roupa…. As possibilidades são imensas, basta escolher a que melhor se adequa ao nosso estado de saúde. Se estão em casa com crise, leiam livro que gostem, vejam um filme, etc. O importante é fazer algo que vocês gostem. Tirar um tempo só para nós e mimarmos-nos é extremamente importante. (Fazer o que nós gostamos e queremos e não o que os outros querem.) E isso até pode melhorar a nossa relação com as pessoas à nossa volta. Uma coisa importante, não nos podemos comparar com quem quer que seja. Assim ainda ficamos mais em baixo. Cada pessoa é um ser individual que vive e sente as coisas de formas diferentes. Não podemos fazer comparações como: “Estou muito pior que tu” (infelizmente vejo este tipo de comentários imensas vezes). 1º Não sabemos realmente o grau de dor da outra pessoa. 2º Assim estamos-nos a por automaticamente para baixo e a pôr aquele rótulo de “coitadinhos” em nós próprios e isso é exactamente o oposto do que queremos. Em vez de dizer isso, dê força à pessoa. Temos de mudar a nossa forma de pensamento. Em vez de dizer “eu não consigo”, experimente dizer “eu consigo!” ou pelo menos um “vou tentar.”. Claro que há dias que simplesmente é impossível, até uma pessoa saudável tem os seus dias maus, mas nós temos de ter mais cuidado com esses dias. Eu sei que é difícil e estas coisas não acontecem do dia para a noite, mas se todos os dias fizermos um pequenino esforço, olharmos para as pequenas coisas à nossa volta e de vez em quando fizermos uma retrospectiva da nossa vida para vermos as situações difíceis que já ultrapassámos, vamos ter noção que somos realmente fortes e assim vamos conseguindo. Ao longo destes anos foi o que aprendi e as consultas de psicologia também ajudaram imenso. E tudo o que disse aqui também se aplica a mim. Dedico esta crónica a todas as borboletas guerreiras! Vocês são muito fortes e mesmo sem vos conhecer tenho imenso orgulhoso em todas/os vocês! Deixo vos aqui o link de um artigo do Psicólogo Miguel Lucas da Escola de Psicologia, onde ele dá dicas em como podemos melhorar a nossa auto-estima:http://www.escolapsicologia.com/como-melhorar-a-auto-estima/ Nota: O resultado da actividade não foi exposto aqui pois como devem de calcular foram ditas coisas que devem de ficar seguras no nosso grupo fechado.
1 Comment
Conceição Cardoso
25/7/2016 01:48:30 pm
Lindo texto.
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Sobre as "Crónicas de Fibra"Originalmente este blog continha textos sobre Fibromialgia e não só, escritos pelas administradoras do site. CategoriasArquivos
September 2016
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