Uma recente revisão de 47 estudos clínicos demonstraram que os efeitos da meditação sobre a dor que eram os maiores, em comparação com outras vantagens, como a redução da depressão e da ansiedade.
Até recentemente, porém, sabíamos pouco sobre exatamente como a meditação ajuda a reduzir a dor. Felizmente que isso está a começar a mudar porque sabendo como funciona a meditação vai ajudar-nos a compreender que tipo funciona melhor, para quê, quem pode beneficiar mais e por quê. 1- Mudanças cruciais na atividade cerebral A meditação pode alterar a atividade do cérebro em aspetos importantes. Os investigadores testaram isso aplicando pás aquecidas nos pés dos participantes e examinaram os seus cérebros (estudo de Zeidan em 2011) . Eles descobriram que os meditadores que tinham feito nada mais do que quatro aulas de 20 minutos mostraram ativação menor no córtex somatossensorial, uma área do cérebro crucial para a experiência da dor. Ao mesmo tempo, eles tinham níveis mais altos de ativação do córtex cingulado anterior, ínsula anterior e no córtex orbitofrontal. O autor principal do estudo explica a relevância destas áreas: "Todas essas áreas mostram de que forma o cérebro constrói uma experiência de dor vinda de sinais nervosos que estão a chegar do corpo. "Consistente com esta função, quanto mais estas áreas foram ativadas pela meditação mais a dor foi reduzida. Uma das razões que a meditação pode ter sido tão eficaz em bloquear a dor foi que não resultou em apenas num lugar no cérebro, mas em vez disso reduziu a dor em vários níveis de processamento." 2- Espessamento cortical Ao longo do tempo a meditação pode realmente engrossar certas áreas críticas do cérebro. Um estudo comparou os cérebros daqueles que meditam regularmente com não-praticantes de meditação (estudo de Grant em 2010). Eles descobriram que certas áreas do córtex - em particular, o cingulado anterior - são mais espessas em meditadores que não-meditadores. Isto mostra que a meditação não só altera a atividade nesta parte do cérebro, mas também parece torná-lo maior. 3- Menor antecipação da dor Às vezes, a antecipação da dor é pior do que a própria dor real. Muitas pessoas que têm de enfrentar a dor numa base regular - como aqueles com doenças médicas, graves - muitas vezes preferem mais dor, mais cedo, em vez de menos dor mais tarde, porque ajuda a reduzir a ansiedade. No entanto, os meditadores parecem antecipar menos dor do que os não praticantes de meditação, levando-os, assim, a ter menos sofrimento. Essa é a conclusão de um estudo que incidiu sobre o córtex pré-frontal, uma parte do cérebro central de como alocamos a nossa atenção para ameaças potenciais (estudo de Brown e Jones em 2010). Em comparação com os não-meditadores, aqueles que meditavam regularmente apresentaram menor atividade nesta área do cérebro (córtex midcingulate). Além de alterar a forma como as pessoas anteciparam a dor, os seus resultados também sugeriram que reduziu a forma negativa que eles pensavam sobre a dor. 4-Reduz a acomodação Com antecipação da forma como uma pessoa pensa sobre a sua dor é crucial à forma como elas a sentem. Dados de imagem cerebral de um estudo realizado por Grant em 2010 de meditadores Zen versus não-meditadores mostraram menos atividade nas áreas do cérebro associadas com a emoção, cognição e memória (amígdala, córtex pré-frontal e hipocampo). O principal autor do estudo, Joshua Grant explica: "... Sugerimos que é possível auto-regular de forma mais passiva, por 'desligar' certas áreas do cérebro, o que, neste caso, são normalmente envolvidas no processamento da dor. Os resultados sugerem que os meditadores Zen podem ter uma capacidade relacionada com a formação para soltar alguns processos de ordem superior do cérebro, embora ainda enfrentando o estímulo. " Traduzido por Joana Vicente http://www.spring.org.uk/2014/03/4-wonderful-ways-meditation-relieves-pain.php
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May 2023
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