Nós os médicos podemos passar muito tempo a perguntar às pessoas sobre a fibromialgia – quais são os seus sintomas, como é o seu sono, a fibro afeta a sua lida doméstica ou o seu trabalho fora de casa, a fibro impede de ter uma vida social? Contudo, uma área que é muitas vezes negligenciada é como a fibro afeta as suas relações com as pessoas mais importantes da sua vida – o seu companheiro ou conjugue, filhos e amigos íntimos. Então decidimos perguntar: a fibro afeta os seus relacionamentos e como? Nós perguntamos, você respondeu e aqui estão os resultados que estão a ser publicados no jornal médico Musculoskeletal Care. Em Abril e Junho deste ano, publicamos um questionário online a perguntar sobre os sintomas da fibromialgia e o impacto que a fibromialgia teve nos seus relacionamentos com o seu companheiro/conjugue, os seus filhos e os seus amigos. Este questionário foi preenchido por mais de 6000 pessoas com fibromialgia, tornando-o um dos maiores questionários sobre fibromialgia. Quase todos os que preencheram o questionário eram mulheres (96 porcento) e a maioria tinha entre 45 e 64 anos de idade. Aqui está o que você disse sobre como a fibromialgia afetou os seus relacionamentos. Como é que a fibromialgia afetou o relacionamento com o meu conjugue/companheiro? Dois em três dos que completaram o questionário eram casados e a viver com o conjugue ou companheiro.
Mais de 70 porcento das pessoas questionadas disseram ter filhos com idade suficiente para entenderem a FM.
Como é que a fibromialgia afetou o relacionamento com os meus amigos?
A maioria das pessoas questionadas disse que tinham amigos íntimos. Geralmente a fibromialgia tem um impacto menos negativo nos atuais relacionamentos com amigos íntimos do que com conjugues/companheiros ou filhos. Por outro lado muitas pessoas partilharam que ter fibromialgia resultou em perda de amigos, por os amigos deixarem de telefonar ou enviar convites. Pessoas com FM falaram que os amigos não sabem como reagir à fibromialgia e alguns disseram que aprenderam a parar de dizer às pessoas que tinham FM. Muitas pessoas estavam frustradas por a FM interferir com a sua capacidade de estar mais envolvido com os outros e desenvolver relações mais próximas. O que mais as pessoas disseram? Muitas pessoas falaram sobre sentirem-se inadequados e culpados por não conseguirem investir o tempo e energia que gostariam nos seus relacionamentos. Isto por vezes leva as pessoas a temerem que as pessoas na sua vida as abandonem por não poderem despender mais tempo e energia nos seus relacionamentos. FM muitas vezes provoca o sentimento de solidão e isolamento nas pessoas. As pessoas também mencionaram sentirem-se aborrecidas ou insultadas por comerciais televisivos para produtos para a fibromialgia que mostram mulheres a tomarem um comprimido e a voltarem de imediato à sua vida normal. Estas imagens de rápida resolução frustram pessoas com fibromialgia que reconhecem que melhorias não são normalmente tao rápidas ou completas. Também frustra as pessoas quando os amigos e a família sugerem que seguir uma vida com hábitos saudáveis – como dietas ou um novo exercício – irá aliviar os seus sintomas. O que nos ensinou este questionário? As boas notícias deste questionário é que metade dos que têm fibromialgia estão satisfeitos com os seus relacionamentos atuais com os seus conjugues ou companheiros. E pelo menos metade dos companheiros/conjugues, filhos e amigos acreditam que a fibromialgia é real e a dor não é exagerada. As notícias desconcertantes é que parece haver muito sofrimento em silêncio, com as pessoas com FM a terem medo de falar com as pessoas importantes da sua vida sobre fibromialgia. Os resultados do questionário sugerem que os profissionais de saúde precisam de passar tempo a falar com os seus pacientes de FM sobre a FM e fornecer boa informação para partilhar com a família e amigos para ajudar a criar comunicações produtivas e positivas. E se tem um amigo com fibromialgia – diga-lhe o quão especial e importante é para si. E só porque ele recusa uma saída para almoçar ou ir às compras algumas vezes, não hesite em telefonar e perguntar noutro dia ou pergunte para lhe sugerir uma atividade que ambos possam realizar juntos. Artigo publicado na revista Fibromyalgia & Chronic Pain Life de Março/Abril 2013, pág. 9-10. http://www.fmcpaware.org/ Traduzido por: Fátima Figueired
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