Em 2002 investigadores relataram que, quando os polegares de pacientes com fibromialgia eram comprimidos, a sua atividade cerebral mostrou que eles sentiram uma dor mais intensa do que o grupo de controlo que experimentou a mesma pressão. (DANIEL CLAUW) Os investigadores estão finalmente a começar a entender a causa subjacente dos sintomas dolorosos da fibromialgia. Estima-se que três a seis porcento da população geral tem a doença. Isso é algo como 18 milhões de pessoas e a maioria delas – oito em 10 – são mulheres, de acordo com a National Fibromyalgia Association (NFA). Contudo, em parte por não ser bem compreendida, a fibromialgia ainda é pouco reconhecida por muitos médicos. Nem todos os médicos se mantêm a par da evolução da fibromialgia "Acabamos de realizar uma pesquisa de mercado, e descobrimos que depende de com quem você está a falar: se está a falar com reumatologistas, provavelmente 85 porcento entende que a fibromialgia existe", diz Lynne Matallana, presidente da NFA. "Mas, se, por exemplo, está a falar com um médico especialista em ginecologia/obstetrícia, é mais em 35 a 40 porcento, porque eles não tiveram a mesma experiência ou educação médica contínua." […] Porque não existe nenhum teste de laboratório definitivo para a fibromialgia, os médicos também precisam de excluir outras condições que partilham alguns dos mesmos sintomas, tal como o hipotireoidismo. Uma nova compreensão do mecanismo O que é agora largamente consensual é que o sistema nervoso de um portador de fibromialgia é muito mais sensível do que o de uma pessoa saudável. É um sinal elevado de alerta, mesmo quando há pouco estímulo da dor. Isto é conhecido como a "amplificação da dor". Isto foi acentuadamente demonstrado por um estudo em 2002. Daniel Clauw, MD, diretor do Centro de Pesquisa da Fadiga e da Dor Crónica na Universidade de Michigan, em Ann Arbor, e os seus colegas realizaram uma experiência na qual beliscavam os polegares, quer de quem sofria de fibromialgia, quer de um grupo de controlo, e observaram certas áreas dos seus cérebros onde a dor é processada. Os resultados demonstraram conclusivamente que com muito pouca pressão, os pacientes com fibromialgia sentiam muito mais dor do que o grupo de controlo.
Porque o sistema de dor foi quebrado
Está a se tornar claro que a fibromialgia é semelhante a um colapso do sistema de resposta à dor, e existem diferentes teorias sobre o porquê do mau funcionamento do sistema. Alguns acreditam que substâncias químicas no cérebro (neurotransmissores como a substância P, serotonina e dopamina) ou hormonas como o cortisol podem estar a níveis anormais. "Os pacientes de Fibromialgia não libertam dopamina, o principal analgésico neurotransmissor do cérebro", explica Patrick Wood, MD, médico conselheiro sénior da NFA, cuja pesquisa concentra-se em dopamina. "É um analgésico natural. Então aqui você tem um cérebro que, quando você magoa o indivíduo, o analgésico não é libertado." O que a pesquisa mostra é que há definitivamente algo a acontecer fisiologicamente em pacientes com fibromialgia. Definitivamente não é "tudo nas suas cabeças", como tem sido dito a muitos pacientes, ao longo dos anos. Mas a causa precisa da amplificação da dor não é conhecida. Fatores genéticos podem estar em jogo, mas pode ser necessário uma doença ou lesão para provocar a condição atual. Fonte: http://www.health.com/health/condition-article/0,,20326102,00.html Tradução: Fátima Figueiredo – Jovens portadores de Fibromialgia Portugal
2 Comments
Sara e Nuno Rodrigues
19/12/2015 01:42:15 am
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Jovens portadores de Fibromialgia (Portugal)
19/12/2015 01:42:45 am
Sara E Nuno Rodrigues a fibro de psicossomática não tem nada.. A sua colega tem de se informar melhor. Aqui lhe deixo um artigo escrito pelo Dr Fernando Morgado http://www.apdf.com.pt/artigos/artigo.php?id=25
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