"O principal sintoma da fibromialgia é uma dor difusa, podendo envolver músculos, ligamentos e tendões. Muitas vezes o doente refere sensação de articulações inchadas, o que na verdade é apenas uma sensação, já que o edema não é comprovado ao exame físico. Não há sinais clínicos de artrite nas articulações doloridas. Quando questionados aonde dói, muitos respondem: dói tudo. São dores constantes, que pioram ao toque. O paciente com fibromialgia tem um limiar para dor mais baixo, isto é, estímulos dolorosos de intensidade igual são muito mais sentidos por quem tem a doença.
Um dos critérios para o diagnóstico da fibromialgia é a dor a palpação em pelo menos 11 dos 18 pontos sensíveis ilustrados abaixo. Outra descrição comum para os sintomas da fibromialgia é a de sensação de estar com uma forte gripe que não passa, causando dor no corpo, mal-estar, dor de cabeça e astenia. Além da dor difusa, a fadiga é outro sintoma frequentemente presente no paciente fibromiálgico. O cansaço é mais forte de manhã, logo que o paciente acorda, mas também pode ser bastante incômodo no final da tarde. A fadiga matinal ocorre mesmo que o paciente tenha dormido mais de 10 horas durante a noite. A sensação é de um sono não revitalizante. Na verdade, uma das características da fibromialgia é o sono leve. Os pacientes acordam com frequência durante a madrugada e têm dificuldade em voltar a dormir. Alguns trabalhos mostram que esses pacientes não conseguem se manter no estágio 4 do sono, que é o do sono profundo, também conhecido como sono restaurador. O fibromiálgico passa o dia sentindo uma completa falta de energia, com sensação de pernas e braços pesados e dificuldade de concentração, denominada pelos pacientes como "cérebro cansado". É muito comum a associação da fibromialgia com a síndrome da fadiga crônica Dor de cabeça tipo enxaqueca ou cefaleia tensional é um sintoma comum e acomete mais de 50% dos pacientes com fibromialgia Os pacientes também podem apresentar uma variedade de sintomas mal compreendidos, incluindo dor abdominal, dor no peito, sintomas sugestivos de síndrome do intestino irritável, dor pélvica, sintomas urinários, como ardência para urinar e necessidade de ir ao banheiro com frequência, problemas de memória, olhos secos, palpitações, tonturas, formigamentos, flutuações constante de peso, perda da libido, intensas cólicas menstruais e alterações do humor. A associação com a depressão e distúrbios de ansiedade é muito comum. Cerca de 70% dos pacientes com fibromialgia desenvolverão um dos dois distúrbios ao longo da vida. O grande desafio para o médico é quando a fibromialgia ocorre concomitantemente com outras doenças que também cursam com dores difusas, como osteoartrite, polimialgia reumática e artrite reumatoide. Nestes casos, o diagnóstico de fibromialgia é muito difícil de ser estabelecido. É importante saber que, se por um lado a fibromialgia não é uma doença que acarrete risco de morte ou cause deformidades, por outro, os sintomas podem ser incapacitantes, determinado uma péssima qualidade de vida ao paciente. Pacientes com fibromialgia costumam ter uma qualidade de vida muito ruim se não tiverem o diagnóstico estabelecido e não estiverem sob tratamento. A maioria dos pacientes com fibromialgia vive com os sintomas durante anos até o diagnóstico ser finalmente feito. Durante a investigação, estes pacientes costumam passar por dezenas de exames e múltiplos especialistas. Alguns pacientes acabam sentindo-se rejeitados pelos médicos, enquanto outros temem que uma doença fatal oculta acabe por ser encontrada. " http://www.mdsaude.com/2008/12/fibromialgia.html#ixzz1wIhxLA9y
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May 2023
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