Olá. Sou a Emanuela e tenho 34 anos. Foi há 3 anos que conheci a palavra “Fibromialgia”.Num primeiro impacto foi um alívio. Perceber que não estava maluca, que não era só efeitos negativos do stress, ou uma depressão. Fibromialgia é Real!!! Era difícil entender que nos digam que é neurose, quando também após momentos de lazer, alegria, felicidade em excesso também nos faz sentir tão desgastadas!
No meu caso, penso que a doença começou a revelar-se na puberdade. Nessa altura considerava-se “normal” devido às alterações hormonais durante o mês. Cheguei a pensar que tinha a “sina” de ser das mulheres que sofriam mais nessa altura do mês. Mais tarde começou a rigidez matinal por volta dos 17 anos, exames e análises nada de anormal. No entanto vivia num nível de dor aceitável e apenas ao levantar. Era o único sintoma nessa altura, razão que me fez desvalorizar um pouco o que sentia e ignorar. Aos 26 anos começou a intensificar-se a fadiga, espasmos musculares, cada vez menos intolerância a desporto, muita sensibilidade ao toque, muitos problemas digestivos, insónias, dores cabeça frequentes com crises enxaquecas mensais que mais tarde tornaram-se semanais. Sentia com muita frequência que estava com princípio de gripe que me gerava muita fraqueza muscular. Felizmente apenas me levou à cama mais do que 1 dia seguido, 3 vezes. Todos os sintomas mais intensos e menos suportáveis que as dores musculares. Por essa razão, e porque não me satisfaziam as respostas (ou melhor… ausência de respostas) no público, comecei a investigar e recorrer a especialidades no privado de medicina interna, ginecologia, gastroenterologia e só por fim a reumatologia, onde descobri que afinal não me estavam a aparecer tantas doenças de uma só vez... mas que todas faziam parte lo “leque” de sintomas de uma síndrome com o nome “Fibromialgia”. Após sensação de alívio veio a revolta, por ser crónico, por não existir cura,… Cada vez mais era difícil a rotina diária em casa, trabalho, social.. Foi aí que decidi que tinha de ser mais teimosa e tomar eu o rumo da minha vida. Procurei ajuda na medicina alternativa, com alguns suplementos alimentares e mudança na alimentação. Foi um processo longo. Não há curas milagrosas.. mas melhorou a qualidade de vida, e só por si não foi suficiente. Tinha medo de tomar medicação e um pavor dos antidepressivos, pois achava que eram medicamentos que nos deixavam “adormecidos” tipo “zombies”. Hoje agradeço ter entrado em desespero e ter consultado um neurologista. Ainda sou apanhada desprevenida por certos sintomas! Como podemos exigir aos outros que nos entendam, se até nós próprios continuamos em conhecimento continuado sobre esta síndrome misteriosa!!! Ao fim deste percurso, consigo dizer que há dias que quase me esqueço que tenho esta síndrome. Recuperei a minha vida!!! No entanto, o percurso continua. A todos digo: Quanto mais cedo se tiver o diagnóstico, tomarem atitudes e medidas preventivas, menos precisarão dos medicamentos fortes S.O.S. que prejudicarão o nosso organismo! Não desistir.. Persistência acima de tudo!! 8 Junho 2018 - Emanuela
3 Comments
Maria dos Anjos
26/10/2018 03:37:52 pm
Muito obrigada pelo seu depoimento, Emanuela. Há algo mais que possa partilhar comigo? quais os suplementos alimentares e que tipo de alimentação?
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Emanuela
29/10/2018 10:15:27 pm
Olá Maria dos Anjos,
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Isabel
23/5/2020 12:25:59 am
Olá, Emanuela Leave a Reply. |
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July 2023
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