No passado dia 9 de Março a FENDOC - Federação Nacional das Associações de Doenças Crónicas, entregou na Presidência da República a proposta para o Estatuto do Doente Crónico.
Hoje, 24 de Março, decorreu a apresentação publica do estatuto. O documento foi criado e subscrito por dez associações que representam cerca de 3.500.000 doentes em Portugal. O estatuto do doente crónico, tem como objetivo garantir que todas as doenças crónicas têm o mesmo tratamento de base, bem como igualdade de direitos naquilo que é transversal a todas as doenças crónicas. As necessidades específicas de cada doença continuam a ser elencadas e negociadas pelas associações que a representam. Carlos Oliveira, presidente da Fendoc e da Adexo destaca: “Perante as diferenças existentes no apoio que estes doentes recebem, é urgente a criação de um quadro legal consubstanciado no Estatuto do Doente Crónico que enuncie todas as doenças crónicas existentes em Portugal. Prioritário é também um tratamento integrado e contínuo da doença crónica inserido num plano de saúde que vingue para além de cada legislatura e em parceria permanente entre os médicos de Medicina Geral e Familiar e as diferentes especialidades médicas.” As Associações que subscreveram o documento são as seguintes: Associação de Doentes Obesos e Ex Obesos de Portugal (ADEXO) Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR) Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA) Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP) Associação Portuguesa de Fibromialgia (APJOF) Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase SOS Hepatites Portugal Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) A FENDOC em representação destas associações estabeleceu como prioridades a:
De acordo com a Comissão Europeia, as doenças crónicas são a causa de 86% de todas as mortes na União Europeia e entre 70 a 80% dos orçamentos de cuidados de Saúde são gastos com estas patologias. Segundo o Plano Nacional de Saúde, as doenças crónicas incapacitantes abrangem entre 40 a 45% do total das doenças sinalizadas em Portugal e com tendência a crescer exponencialmente. No último século, a globalização, a modificação dos hábitos alimentares, dos padrões de saúde e doença das populações bem como os êxitos alcançados pela medicina no controlo da mortalidade colocaram a doença crónica como predominante, sendo considerada atualmente como o principal fator responsável pela mortalidade e pela morbilidade na Europa. Perante esta conjuntura torna-se assim, imperioso e urgente a criação do “Estatuto do Doente Crónico” que permita que todos os portadores possam ser tratados com uma base de equidade acrescida das especificidades de cada doença.
Veja a apresentação publica da proposta
3 Comentários
Marta Ferreira
24/3/2021 09:10:18 pm
Sofro de Fibromialgia
Responder
Benedita Ribeiro Farinha Lopes
25/3/2021 10:21:53 am
Sofro de Fibromialgia e estou desempregada, o que fazer para a minha médica preencher o que vem nos anexos?
Responder
Ester Ribeiro
25/3/2021 10:22:55 am
Sogro de Fibromialgia, com mais dias mais do que bons.
Responder
Deixe uma resposta. |